O setor de Telecomunicações está crescendo cada vez mais rápido no Brasil e no mundo. Os aparelhos celulares, por exemplo, estão constantemente ganhando mais espaço no dia a dia das pessoas. Segundo dados da Anatel, no mês de Setembro o Brasil chegou a 191,4 milhões de linhas telefônicas móveis, ou seja, quase o número total de habitantes, estimado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 192 milhões.
Em um país que reclama da distribuição de renda e onde grande parte da população vive com menos de um salário mínimo, como podemos conceber que haja quase um aparelho de telefonia móvel por pessoa? Como podemos esperar que o Brasil se desenvolva quando muitos cidadãos deixam de investir em estudo para desfrutar de um bem que para eles não passa de uma simples cessão ao impulso consumista?
Não podemos negar que a Globalização move o mundo e deve muito de seu crescimento à proliferação ininterrupta dos meios de comunicação à distância, em especial os celulares, mas até que ponto podemos admitir este crescimento como algo puramente positivo e ignorar o fato de que muitos brasileiros aplicam mais de 50% de sua renda no pagamento de dívidas relacionadas a este produto?
No fim, só podemos esperar que os brasileiros utilizem este recurso de forma consciente e em prol de seu crescimento.
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